“O amor da minha vida”

Dizem que temos apenas um grande amor da nossa vida por aí. A partir do primeiro beijo, a caça por essa pessoa começa. O primeiro beijo do Luís foi aos 14 anos. Seu primeiro relacionamento aos 18 anos e o segundo aos 22 anos. Luís pensava ter encontrado o amor de sua via quando tudo foi por água a baixo.


O que fazer com todas as promessas e planos vividos a dois? Esquecer? Não passava de ilusão. São as perguntas que Luís me faz, infelizmente eu não tenho as respostas. Já sabemos que seu ex está com outra pessoa, o que não sabíamos é que essa pessoa é o amor de sua vida, ou pelo menos o da vez.

_Em tão pouco tempo de namoro eles já chegaram ao ponto que estávamos com dois anos de namoro. Desabafou Luís.

_E vocês terminaram. Se tudo está acontecendo tão rápido assim, talvez o fim também seja rápido. Ponderei.

_Eu os vi juntos. Eles estão apaixonados e felizes. Eu nunca fui o amor da vida dele como ele dizia. Esse deve ser o verdadeiro. Concluiu Luís, entristecido.

A verdade é que parece que as coisas não andavam muito bem entre o casal maravilha. Mas achei melhor não contar a Luís, que finalmente estava melhor depois do termino. Não pude deixar de pensar, quantos amores a gente pode ter na vida? Será que, ás vezes, a gente mente e diz que é amor por pura conveniência, mesmo sabendo que aquele não é o amor da nossa vida? Quando e como a gente sabe quem é essa pessoa?


Tem pessoas que encontram o amor da vida delas a cada dois anos, alguns a cada dois meses. Luís demorou 8 anos do seu primeiro beijo até encontrar quem ele achou ser essa pessoa. Talvez uma pessoa tenha direito a uma certa cota de amores na vida antes de reconhecer aquele especial que deixa todos os outros para trás, talvez essa seja apenas mais uma ilusão que alimentamos para justificar nossas escolhas.

Em um mundo com milhares de pessoas é mesquinho pensar que só temos amor para uma pessoa, que não podemos amar novamente, amar várias vezes, ter vários amores, essa é uma ideia tentadora.

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