Escola dos sacanas

Tudo começou com um texto que li no blog da advogada Ruth Manus no Estadão. O título me prendeu: “A difícil tarefa de não sacanear quem te ama”. Cada palavra fez sentido, a construção perfeita da realidade em que vivemos. Ao fim do texto, eu fiquei pensando.


Em que momento da vida aprendemos a sacanear quem amamos? Em que momento nos tornamos displicentes com o amor que é investido em nós? A vida seria uma verdadeira escola de sacanas?

É cada vez mais difícil confiar totalmente na pessoa que dorme ao nosso lado. Credo, é cada vez mais difícil confiar em nós mesmos. Isso mesmo, porque também carregamos em nosso DNA a habilidade de ser sacana, difícil mesmo é não o ser.


Aliás, meu pai sempre me disse: “Quebrar uma coisa é algo muito fácil, qualquer um pode fazer. Agora, consertar exige paciência, habilidade, algo que nem todo mundo está disposto a fazer”. Ouvir isso durante toda a minha infância me ajudou a pensar duas vezes antes de agir de forma destrutiva com o meu sentimento e o dos outros.

Quanto aos sacanas, eu acho que não há escola. Sacanear os outros é muito fácil. Uma vez que se pega o jeito, a pessoa continua fazendo com se estivesse respirando. A gente precisa de escola mesmo é pra aprender a respeitar, preservar e, principalmente, ser justo com quem só nos fez bem.

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